Nos dois anos de pandemia de covid-19, o projeto Orgânico Solidário conseguiu arrecadar mais de R$ 3,5 milhões em doações, que resultaram na distribuição de mais de 75 mil cestas orgânicas para comunidades de quatro estados do país. No total, foram mais de 500 toneladas de alimentos entregues, oriundos de uma rede composta por 100 agricultores familiares.
A plataforma sem fins lucrativos organizada sob a forma de um fundo filantrópico foi criada por Aziz Constantino, que, em entrevista à Agência Brasil, disse que a ideia surgiu como resultado direto do impacto da pandemia para as famílias mais pobres. Em vez de fomentar uma cesta seca, que não tem quase nada de nutrição, ele decidiu viabilizar a distribuição de alimentos frescos, como frutas, legumes e verduras. E engajou produtores de orgânicos no projeto. A rede está operando em seis estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Bahia e Goiás), atuando por meio de mais de 20 projetos em comunidades pelo Brasil. Os alimentos frescos são entregues de forma recorrente com o dinheiro de mais de 8 mil doadores individuais. Eles compram o que mais de 100 produtores colhem, gerando também renda para os agricultores familiares. As doações caem em um fundo filantrópico gerido pela Sitawi Finanças do Bem, que audita os recursos. Entre as marcas parceiras, estão a PagSeguro e a Klabin, que doa caixas em que os alimentos são distribuídos. Existe monitoramento para saber se as doações das cestas estão chegando aos locais certos. As cestas têm o valor de R$ 50 cada e incluem itens variados. São mais de 6 quilos de frutas, legumes e verduras. Agricultores orgânicos, em parceria com operadores locais em cada região atendida, fazem a colheita, seleção dos produtos, montagem e entrega das cestas.
Imagem:
Mario Grave / Agência Is
Fonte:
Comments