Uma pesquisa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia mostrou que cerca de 705 dos brasileiros confiam na ciência. De acordo com reportagem da Agência Brasil, ainda que o percentual não seja baixo, é menor do que indicam pesquisas recentes, como o Índice do Estado da Ciência, feito pela empresa 3M (EUA) em 2022, que apontou um índice de 90% na afirmação "eu confio na ciência". Para os pesquisadores, as campanhas organizadas de desinformação, que cresceram em quantidade e impacto durante a pandemia de covid-19, podem explicar o recuo.
Entre as fontes de informação que mais inspiram confiança nos brasileiros e brasileiras, conforme a pesquisa, estão os cientistas, identificados pelos entrevistados como honestos e responsáveis por um trabalho que beneficia a população. As escolhas mais frequentes dos entrevistados como fontes confiáveis de informação foram médicos (60%), seguidos pelos cientistas (47%), dos quais 31% são de universidades ou institutos públicos de pesquisa e 17% que trabalham em empresas, e jornalistas (36,5%). Os artistas e políticos são citados com menor frequência, com 1,5% cada. O percentual dos entrevistados que se lembraram de alguma instituição dedicada à pesquisa científica no Brasil, superou os 25%. Dentre as instituições mais citadas estão o Instituto Butantan, a Fiocruz e a USP. De um modo geral, os entrevistados têm percepções e atitudes positivas sobre vacinação. A pesquisa apontou que 87% dos entrevistados consideram as vacinas importantes para proteger a saúde pública, 76% como seguras e 70% como necessárias. Apesar disso, 46% acham que elas produzem efeitos colaterais que são um risco. Outros 40% desconfiam que as empresas farmacêuticas esconderiam os perigos das vacinas. Para 47% dos entrevistados, o governo federal forneceu informações falsas sobre a vacina contra a covid-19. Mesmo com o patamar de confiança nas vacinas, cerca de 13% dos entrevistados indicaram que não pretendem tomar doses de reforço da vacina contra a covid-19 e quase 8% dos que têm filhos ou menores sob sua responsabilidade declararam não ter a intenção de vacinar as crianças.
Imagem:
Peter Ilicciev / Fiocruz
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