O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, inaugurou ontem (29), em Foz do Iguaçu, a biofábrica do Método Wolbachia. Na inauguração, foram soltos os primeiros mosquitos Aedes aegypti com a bactéria que evita a transmissão de doenças.
Outra biofábrica será inaugurada hoje em Londrina. O método consiste na liberação de mosquitos chamados de Wolbitos, que não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças. Eles recebem uma bactéria que impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Com a reprodução dos Wolbitos, a proporção de mosquitos sem a bactéria vai gradativamente diminuindo, resultando em queda na incidência das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, principalmente a dengue. Só em Foz, até o fim do ano está prevista a liberação de 26 milhões de Wolbitos em 13 bairros. Em parceria com o Ministério da Saúde, municípios com mais de 100 mil habitantes com alta incidência de arboviroses urbanas estão recebendo a estratégia de combate à dengue. Em 2015, o método Wolbachia começou a ser implantado como projeto-piloto em Niterói, no Rio de Janeiro. De acordo com o MS, o município teve uma redução de 70% dos casos de dengue nas áreas onde houve a intervenção. Além do Paraná, a biofábrica deve chegar a mais seis cidades neste ano: Natal (RN), Uberlândia (MG), Presidente Prudente (SP) e Joinville (SC).
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Mike Szczepanski / Unsplash
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