O prazo para o registro das federações partidárias no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terminou ontem. Até o fim da tarde, três estavam confirmadas e aptas a concorrer nas eleições deste ano. O novo instituto foi criado por legislação de 2021, que prevê, entre os requisitos, que a união das siglas, programa conjunto e diretoria em comum, tenham sido aprovados pelo órgão de deliberação nacional de cada uma das agremiações envolvidas.
A primeira federação aprovada pelo TSE tem o nome de Brasil da Esperança e reúne PT, PCdoB e PV. A federação vai ser presidida pela senadora e presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann. A primeira e a segunda vice-presidências ficam com Luciana Genro, presidente do PCdoB, e José Luís Penna, presidente do PV. Outra federação, que vai reunir PSOL e Rede, será presidida por Guilherme Boulos, atual presidente do PSOL, e terá como vice-presidente Heloísa Helena, que comanda a Rede. Completa a lista a federação formada por PSDB e Cidadania, que será chefiada pelo presidente tucano Bruno Araújo, tendo como vice Roberto Freire, presidente do Cidadania. Agora, esses partidos devem ficar unidos por quatro anos, agindo como bancada única no Congresso Nacional, por exemplo. A aliança deve ser respeitada também pelos diretórios regionais. De acordo com a Agência Brasil, o ingresso em uma federação ajuda as siglas menores a superar a cláusula de barreira, mantendo assim verbas do Fundo Partidário e o acesso a cargos de liderança. Isso ocorre porque os votos nas eleições proporcionais, para deputado federal e estadual, são contabilizados de forma única para toda a federação.
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Marcelo Camargo / Agência Brasil
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