A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentou ontem seu plano diretor para os próximos dez anos. Entre os temas citados no documento estão a agricultura digital e a rastreabilidade da produção.
Chama a atenção que a Embrapa, que sempre trabalhou com desenvolvimento de variedades e de técnicas para serem aplicadas no campo, agora investe também em aplicativos e sistemas digitais que são oferecidos aos produtores rurais. O principal uso da digitalização é a rastreabilidade dos produtos, que vem sendo cada vez mais cobrada pelos consumidores e pelos importadores que querem conhecer a origem do alimento e as condições em que ele é produzido. Outra frente da Embrapa nos próximos anos será a expansão da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, em que ela entra com a transferência de tecnologia para os proprietários rurais. Também tem ares futuristas a adoção de bioativos e bioinsumos a partir dos recursos genéticos da Amazônia, do Pantanal e da Mata Atlântica. Bioativos e bioinsumos são microorganismos que podem ser usados nas lavouras para controlar fungos, por exemplo. Segundo o presidente da Embrapa, Celso Moretti, a empresa já fez uma expedição em seis mil quilômetros de rios amazônicos para coletar microorganismos com esse fim.
Imagem: Ines Álvarez Fdez
Fonte: Embrapa
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