Pesquisadores do Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Federal do Paraná criaram um teste da covid-19 mais preciso e rápido do que o que usa a técnica ELISA ou quimioluminescência.
O modelo é o mais usado nos laboratórios e considerado padrão ouro. O método paranaense é uma adaptação do ELISA tradicional. A diferença é que em vez do processo ocorrer na superfície de uma placa de plástico, ele acontece em nanopartículas magnéticas revestidas com antígenos virais. A técnica permite a redução no tempo de reação (interação entre antígeno e anticorpo) proporcionando um procedimento mais rápido. Enquanto o Elisa tradicional leva cerca de três horas para apresentar o resultado, o novo método precisa de apenas 12 minutos e pode ser adaptado para testar até 96 amostras simultâneas, com o auxílio de sistemas robotizados disponíveis comercialmente, mantendo esse tempo para o resultado. Para comprovar a eficiência do novo teste, os pesquisadores coletaram amostras de pacientes do Complexo Hospital de Clínicas que tiveram a Covid-19 confirmada por PCR. Para a equipe de cientistas, o teste criado por eles tem muitas vantagens com relação ao teste imunológico padrão ouro utilizado atualmente. A primeira delas está associada à quantidade de material necessário para a análise: apenas de uma gota contendo dois microlitros de soro. Além disso, o antígeno, criado no laboratório da equipe, pode ser reproduzido em larga escala, sem a necessidade de instrumentação laboratorial sofisticada e com um custo muito baixo. Isso barateia o valor do teste, cujos insumos para produção devem custar aproximadamente R$5,00.
Fonte: UFPR
Imagem: Lomash
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