O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou ontem a aplicação da terceira dose da vacina contra a covid nas pessoas com mais de 70 anos. A chamada “dose de reforço” vai ser aplicada em setembro em quem tomou a segunda dose há cerca de seis meses. As pessoas com o sistema imunológico fragilizado, chamadas “imunossuprimidas”, também devem ser convocadas para a dose de reforço.
Neste caso, a diferença entre a segunda e terceira doses vai ser de 28 dias. O imunizante utilizado será o da Pfizer, segundo Queiroga, porque a marca foi testada em regimes de intercambialidade, ou seja, de uso de diferentes marcas em doses distintas. Além disso, a vacina está aprovada na maioria das agências sanitárias do mundo e o ministério se programou para comprar uma quantidade expressiva da marca. Segundo o secretário executivo da pasta, Rodrigo Cruz, até o fim de agosto a previsão é de disponibilização de 80 milhões de doses. A Câmara Técnica do Plano Nacional de Imunização também decidiu pela antecipação da segunda dose das vacinas da Oxford/AstraZeneca. Em vez de três meses, o intervalo entre as duas doses será de dois meses. Já a antecipação da Pfizer ainda está em estudo. De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, a decisão sobre aplicação de dose de reforço ou terceira dose na totalidade da população só vai ser tomada depois da conclusão de um estudo que o Ministério da Saúde está fazendo em parceria com a Universidade de Oxford. Depois da divulgação de estudos que mostraram que a proteção das vacinas cai com o tempo, pelo menos 14 países já decidiram aplicar a dose de reforço dos imunizantes. A medida é polêmica, já que a maioria da população mundial ainda não recebeu sequer a primeira dose. A Organização Mundial da Saúde defende que a terceira dose só seja aplicada depois que a cobertura vacinal se ampliar no mundo todo.
Imagem:
Mufid Majnun
Fonte: